"A Mediação Familiar e o Acesso à Justiça"- Discussão do Grupo Mediação Familiar

No dia 12 de julho de 2017 os extensionistas do subgrupo de Mediação Familiar, Amaísa Santos, Paloma Zacarias e Ítalo Trindade, juntamente com a bolista Elaine Angélica reuniram-se para discutirem o texto "A Mediação Familiar e o Acesso à Justiça" da autora Deisemara Langoski.

Os extensionistas identificaram as principais ideias do texto, como a disseminação de uma cultura de paz, o ressurgimento da mediação como um meio de resolução de conflitos utilizado pelas sociedades ocidentais na década de 60, mas já existente e adotado pelos povos orientais, além de outros pontos. A partir desse texto, relacionamos a teoria com a prática em campo e com algumas vivências pessoais. Uma das coisas que mais nos chamou a atenção foi a questão da autonomia dada as partes na resolução dos seus conflitos no processo de Mediação e o empoderamento proporcionado a elas quando finalmente se afiguram donas da situação e tomam as rédeas das suas vidas na resolução de suas problemáticas. A autora diz que “A mediação é uma das mais eficientes e inteligentes respostas às questões familiares como um todo, pela via da pacificação de seus membros, que aprenderão a gerir, transformar ou resolver seus próprios conflitos pela via da voluntariedade, confidencialidade e, sobretudo, reflexão”.

A respeito da discussão trazida pelo texto sobre o acesso à justiça possibiltado pela Mediação, Langoski nos ensina que ela "proporciona um olhar distinto e restaurador do acesso à justiça, aproximando cada vez mais o direito da sociedade, fomentando a paz e o estímulo a práticas de cidadania, condições essenciais na conjuntura do Estado Democrático de Direito". A autora cita Kazuo Watanabe que nos diz que “A problemática do acesso à Justiça não pode ser estudada nos acanhados limites do acesso aos órgãos judiciais já existentes. Não se trata apenas de possibilitar o acesso à Justiça, enquanto instituição estatal, e sim de viabilizar o acesso à ordem jurídica justa”. Sendo assim, João Bosco Ferreira conclui que a mediação “é justiça na busca de paz”.