No dia 09 de agosto de 2017 o sub-grupo de Mediação Familiar realizou a atividade de discussão do texto “Mediação Familiar como meio alternativo de resolução de litígios nos casos de separação e divórcio”, capítulo 3 do artigo “Audição de crianças e jovens na mediação familiar nos casos de separação e divórcio. Um estudo do ponto de vista dos mediadores familiares da Região autônoma da Madeira”.
A atividade contou com a presença do extensionista Ítalo Trindade e das bolsistas Elaine Angélica e Yasmim Conceição. O intuito desta é fazer com que seja consolidada um dos tripés do ensino, que é a pesquisa no seu viés teórico, já que contamos com as atividades de campo que compõe a extensão. Assim, não só visamos propiciar a vivência prática com atividades como o Teatro de Improviso e a aplicação de questionários, como também fomentar o conhecimento das produções acadêmicas sobre a Mediação Familiar com as leituras de textos, discussões, entregas de fichamentos e resumos, bem como com atividades como a Roda de Conversa e a Oficina de Pais e Filhos.
O texto em discussão é parte de um artigo produzido na Universidade de Lisboa e aborda o surgimento e desenvolvimento da Mediação em Portugal, além de trazer uma contextualização da mesma em outros países, como no Canadá, Estados Unidos da América, Reino Unidos e etc, onde a mediação é vista como principal meio de resolução de conflitos e se desenvolve nas duas esferas, público e privada, tanto com o viés obrigatório quanto apenas voluntário.
Discutimos alguns dos modelos de mediação que foram apresentados no texto, o modelo de Harvard, o modelo transformativo, o modelo circular narrativo, o modelo ecossistêmico e o modelo terapêutico. E pelo que percebemos, predominantemente usamos o modelo de Harvard e o modelo Transformativo aqui no Brasil. Além disso, discutimos algumas ferramentas que o autor apresenta, identificando as técnicas da legitimação e a dita “ponte de ouro” (utilizada para facilitar a concretização de acordos- identificamos que esta técnica se assemelha mais ao modelo de Harvard) como ferramentas mais complicadas para usar em um viés voltado à facilitação do diálogo, ao restabelecimento da comunicação entre as partes como objetivo primário da Mediação.